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  • Foto do escritor Dra. Germana Jardim

Uma alteração muito comum, responsável por sintomas que causam grande impacto na qualidade de vida e gera muitas dúvidas é o desvio do septo nasal. Mas, afinal, o que significa quando dizemos que o paciente tem um desvio septal?

O desvio do septo nasal é uma alteração anatômica da cartilagem septal, que pode ser traumática ou não. Na maioria dos casos, não está relacionada a um trauma prévio, e surge ou acentua após o estirão de crescimento da puberdade. O principal sintoma relacionado é a obstrução nasal, mas também pode levar a sinusites recorrentes e roncos noturnos. O seu diagnóstico é feito através da avaliação clínica com otorrinolaringologista, exame que chamamos de rinoscopia anterior, e pode ser complementado com a nasofibrolaringoscopia (exame endoscópico da cavidade nasal) e tomografia.


Essa alteração é muito comum na população em geral, mas nem todos os casos necessitam de cirurgia. Operamos aqueles pacientes com desvios obstrutivos e que levam a algum sintoma ou alteração do funcionamento nasal. A cirurgia indicada é a septoplastia.

A cirurgia do septo, septoplastia, é realizada em centro cirúrgico, habitualmente com anestesia geral. O procedimento é realizado todo por dentro do nariz, e não causa cicatriz externa, além disso não muda a estética nasal. Em geral, os pacientes não se queixam de dor no pós operatório e o principal cuidado é com a lavagem nasal, para evitar alterações da cicatrização que podem prejudicar o resultado da cirurgia.

Caso tenha alguma dúvida sobre o assunto, ou tenha algum sintoma nasal, tire suas dúvidas conosco!





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  • Foto do escritor Dra. Germana Jardim

Aposto que nem todos entendem o que estamos falando quando dizemos ‘’cirurgia de base de crânio’’, principalmente quando um otorrinolaringologista fala sobre esse assunto. Afinal, qual a relação entre cirurgia do crânio e o otorrino? O otorrino não cuida apenas do ouvido, nariz e garganta?


Bom, há alguns anos, após o desenvolvimento da cirurgia endoscópica nasal (cirurgia em que operamos as estruturas internas do nariz, através de uma câmera com vídeo, sem cortes externos), o otorrino e o neurocirurgião passaram a realizar juntos algumas cirurgias.

A hipófise é uma glândula responsável pela secreção de diversos hormônios, e fica localizada na parte mais inferior do crânio, o que chamamos de base do crânio. A base do crânio é um osso bem fino e delicado, que separa a cavidade nasal do sistema nervoso central. Sendo a hipófise localizada logo acima do seio esfenoidal, separados por esse osso fino. Alguns tumores podem surgir nessa região, causando alterações hormonais e visuais, visto que o nervo da visão também está localizado ao lado da hipófise.

Antes do desenvolvimento da cirurgia por vídeo, o neurocirurgião acessava essa região através de cortes externos, com uma maior manipulação e possíveis danos ao sistema nervoso. Atualmente, nos casos em que podemos operar através do vídeo, fazemos uma abertura no osso da base do crânio para chegarmos a região da hipófise. Nesses casos, o paciente apresenta recuperação mais rápida e a cirurgia apresenta menos complicações.

Para realizarmos esse tipo de cirurgia é necessário uma equipe de médicos especialistas na área. O otorrinolaringologista que tem interesse em realizar esse procedimento, faz uma subespecialização em cirurgia endonasal e base de crânio. Neurocirurgião e otorrino operam juntos, e além deles, os endocrinologistas também fazem parte da equipe responsável por cuidar desses pacientes, afinal como falei, esses tumores causam diversas alterações hormonais.

Para os que ainda possuem dúvidas ou queira saber mais sobre esse tipo de cirurgia entre em contato, ou deixe seu comentário! Estou a disposição!


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  • Foto do escritor Dra. Germana Jardim

Atualmente estamos passando por algo que nunca vivenciamos e acredito que ninguém imaginava que passaríamos, a pandemia pela Sars-COV-2 (Covid-19). Em meio às incertezas e angústias impostas pelo novo coronavírus e pelo isolamento social, nos deparamos com os pacientes com doenças crônicas que necessitam de acompanhamento constante e, pacientes de cirurgias eletivas sem saber como agir. Afinal, como devemos proceder nesses casos?



Inicialmente alguns estudos mostraram altas taxas de contaminação dos profissionais da saúde em procedimentos cirúrgicos, principalmente de via aérea e cavidade nasal. Outros estudos também sugeriram que a infecção assintomática pela COVID-19 poderia entrar em atividade e evoluir de forma mais grave, caso o paciente fosse submetido a um procedimento nesse período. Sendo assim, as cirurgias eletivas foram suspensas, pensando na segurança do paciente e equipe, e o medo fez com que consultórios fechassem e pacientes se resguardassem em casa.

Nesse cenário a telemedicina consolidou-se como importante ferramenta para atendimento e acompanhamento dos pacientes, porém em alguns casos a consulta presencial se faz necessária para que possa ser realizado um exame físico adequado.

Com o passar das semanas e o maior entendimento do comportamento do vírus, surgiu a necessidade de estabelecer medidas de segurança que tornassem possível o retorno das atividades, se adaptando ao novo padrão de normalidade. Com isso, nos hospitais criaram-se áreas específicas para tratamento dos pacientes com coronavírus, e na entrada do hospital todos os pacientes passaram a ser submetidos a medida de temperatura, além de serem interrogados quanto a sintomas respiratórias. Nos consultórios, o intervalo entre os agendamentos de pacientes aumentou para evitar aglomerações na sala de espera.

Por fim, os pacientes que necessitam de procedimentos cirúrgicos, são submetidos ao teste da covid (PCR - aquele teste do cotonete, que é colhido pelo nariz) antes da cirurgia e orientados a permanecer em isolamento até a data da internação. Todos os pacientes são informados sobre os riscos e benefícios de realizar procedimentos neste momento. Afinal, estamos todos nos adaptando a uma nova fase. Se você ainda tem alguma dúvida, entre em contato para conversarmos melhor!

 

Referências:

  1. S. Lei et al., Clinical characteristics and outcomes of patients undergoing surgeries during the incubation period of COVID-19 infection, EClinicalMedicine (2020) https://doi.org/10.1016/j.eclinm.2020.100331

  2. Workman Et al., Endonasal instrumentation and aerosolization risk in the era of COVID-19: simulation, literature review, and proposed mitigation strategies .International Forum of Allergy & Rhinology (2020).







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