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  • Foto do escritor Dra. Germana Jardim

A rouquidão é uma queixa muito comum e pode ser causada por alterações agudas, como trauma vocal e laringites (inflamação da laringe), e por alterações crônicas, como as lesões da laringe (nódulos, pólipos), refluxo faringolaríngeo e abuso vocal.

Um dos principais fatores de risco é o abuso vocal, ou seja, pacientes que trabalham com a voz, como professores, atendentes de telemarketing e cantores. Muitos pacientes já têm alterações estruturais da prega vocal, como sulcos e cistos, que acabam piorando com o abuso, ou lesões que surgem em decorrência do trauma vocal contínuo, como os nódulos. Outro fator de risco importante é o tabagismo, que é o principal fator relacionado com o surgimento de lesões malignas das pregas vocais.

Quando a rouquidão surge de forma aguda, relacionada a um quadro de infecção de via aérea superior, não é necessário realizar exames para visualização direta das pregas vocais, e tratamos com repouso vocal e anti-inflamatórios. Porém, em pacientes com queixa de rouquidão arrastada, por mais de 3 semanas, ou associada a surgimento de nódulos na região cervical e perda de peso, por exemplo, precisamos realizar uma investigação.

Os exames realizados para avaliação são os exames endoscópicos que avaliam a região das pregas vocais, como nasofibrolaringoscopia e telelaringoscopia. Esses exames são realizados através da introdução do aparelho pelo nariz ou diretamente pela boca, e visualizamos as pregas vocais e todas as estruturas da laringe, observando sua superfície, cor, sensibilidade e mobilidade. São exames realizados com o paciente acordado e com anestésico tópico, sem causar desconforto importante.




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Eu e duas colegas rinologistas, Dra. Erika e Dra. Gabriela, sob orientação do professor Dr. Eduardo Macoto, tivemos a honra de sermos convidadas pela Academia Brasileira de Rinologia para comentarmos um artigo científico de grande relevância dentro da otorrino atualmente! Neste vídeo discutimos um poucos sobre os tipos de sinusite crônica e a importância de individualizar o atendimento de cada paciente.

Confira no link abaixo nosso Webinar!


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  • Foto do escritor Dra. Germana Jardim

A famosa amigdalite, é uma inflamação/infecção das amígdalas, e aposto que todo mundo já teve um episódio em algum momento da vida. As amígdalas são um tecido linfóide (tecido de defesa do nosso organismo) que com frequência inflamam, causando dor de garganta, dificuldade para deglutir, febre e mal-estar. A infecção das amígdalas pode ser de origem viral ou bacteriana, e tem um pico de incidência dos 5 aos 15 anos.

Apesar de sempre pensarmos logo nos antibióticos para tratamento, como eu disse, as amigdalites podem ser de origem viral ou bacteriana, ou seja, nem sempre é preciso usar antibióticos. Na verdade, na grande maioria das vezes o quadro é viral, e não deveria ser prescrito antimicrobianos para tratamento. Os principais medicamentos para melhora do quadro incluem analgésicos e anti-inflamatórios. Para diferenciar os quadros é necessário a avaliação médica, principalmente o exame físicos das amígdalas (oroscopia). Raramente precisamos de exames complementares para diferenciar esses quadros.

Algumas pessoas apresentam quadros recorrentes de infecção de garganta (amigdalites de repetição), e nesses casos, além do tratamento do quadro agudo com medicações sintomáticas e antibióticos quando necessários, podemos usar medicações para estimular a imunidade e aumentar a resposta imunológica do paciente aos principais agentes responsáveis pelas infecções, são os lisados bacterianos. Normalmente são tratamentos mais prolongados que devem ser acompanhados por um otorrinolaringologista, a fim de avaliar a boa resposta ao tratamento.



Mesmo com tratamento clínico temos pacientes que persistem com quadros recorrentes de amigdalites, o que leva a grande prejuízo na escola e trabalho, devido às faltas que quadros intensos de infecção podem acarretar. Quando o paciente apresenta mais de 3-5 episódios de amigdalites, por 1-3 anos consecutivos, indicamos a cirurgia de amigdalectomia (retirada das amígdalas). Essa cirurgia deve ser feita em centro cirúrgico, com anestesia geral e, normalmente, os pacientes têm alta hospitalar no mesmo dia.

A recuperação pós cirúrgica é bastante dolorida, e orientamos dieta líquida/pastosa na primeira semana. As crianças tendem a se recuperar com muito mais facilidade e rapidez que os adultos, portanto precisam de atenção redobrada quanto ao consumo de alimentos mais duros, que levam a dor e podem causar sangramento. Além disso, também orientamos repouso relativo por 07 dias (afastamento do trabalho e escola) e afastamento de atividade física (esportes e academia) por 30 dias. Porém, passada a recuperação cirúrgica o paciente fica livre das terríveis amigdalites!


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