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  • Foto do escritor Dra. Germana Jardim

Amigdalites

A famosa amigdalite, é uma inflamação/infecção das amígdalas, e aposto que todo mundo já teve um episódio em algum momento da vida. As amígdalas são um tecido linfóide (tecido de defesa do nosso organismo) que com frequência inflamam, causando dor de garganta, dificuldade para deglutir, febre e mal-estar. A infecção das amígdalas pode ser de origem viral ou bacteriana, e tem um pico de incidência dos 5 aos 15 anos.

Apesar de sempre pensarmos logo nos antibióticos para tratamento, como eu disse, as amigdalites podem ser de origem viral ou bacteriana, ou seja, nem sempre é preciso usar antibióticos. Na verdade, na grande maioria das vezes o quadro é viral, e não deveria ser prescrito antimicrobianos para tratamento. Os principais medicamentos para melhora do quadro incluem analgésicos e anti-inflamatórios. Para diferenciar os quadros é necessário a avaliação médica, principalmente o exame físicos das amígdalas (oroscopia). Raramente precisamos de exames complementares para diferenciar esses quadros.

Algumas pessoas apresentam quadros recorrentes de infecção de garganta (amigdalites de repetição), e nesses casos, além do tratamento do quadro agudo com medicações sintomáticas e antibióticos quando necessários, podemos usar medicações para estimular a imunidade e aumentar a resposta imunológica do paciente aos principais agentes responsáveis pelas infecções, são os lisados bacterianos. Normalmente são tratamentos mais prolongados que devem ser acompanhados por um otorrinolaringologista, a fim de avaliar a boa resposta ao tratamento.



Mesmo com tratamento clínico temos pacientes que persistem com quadros recorrentes de amigdalites, o que leva a grande prejuízo na escola e trabalho, devido às faltas que quadros intensos de infecção podem acarretar. Quando o paciente apresenta mais de 3-5 episódios de amigdalites, por 1-3 anos consecutivos, indicamos a cirurgia de amigdalectomia (retirada das amígdalas). Essa cirurgia deve ser feita em centro cirúrgico, com anestesia geral e, normalmente, os pacientes têm alta hospitalar no mesmo dia.

A recuperação pós cirúrgica é bastante dolorida, e orientamos dieta líquida/pastosa na primeira semana. As crianças tendem a se recuperar com muito mais facilidade e rapidez que os adultos, portanto precisam de atenção redobrada quanto ao consumo de alimentos mais duros, que levam a dor e podem causar sangramento. Além disso, também orientamos repouso relativo por 07 dias (afastamento do trabalho e escola) e afastamento de atividade física (esportes e academia) por 30 dias. Porém, passada a recuperação cirúrgica o paciente fica livre das terríveis amigdalites!


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